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O Espiritismo e a Ciência

Enviado em 29 de novembro de 2013 | Publicado por feditora

 

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“O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação, Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificará nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará”.- Cap. I de A Gênese, item 55

 “O Espiritismo e a Ciência se complementam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação” Cap. I de A Gênese.

A Doutrina Espírita por ser representada, em sua grande parte, por Espíritos de alto conhecimento na forma de tutores e guias acabou assumindo uma posição de precursora da ciência. Seus postulados tendo origem em informações de uma fonte que se encontra a séculos a frente de nossa realidade, o mundo espiritual, acabam sempre sendo confirmados pela ciência.

Mesmo que muitas vezes as ideias espíritas pareçam incongruentes com a ciência o tempo quase sempre demonstra que uma mudança de visão ou interpretação dos fatos traz novamente a harmonia entre as duas fontes.

Quando da postulação da teoria do Big Bang, que de maneira simples, seria a teoria da criação do universo. Onde este seria o momento inicial, no qual toda a matéria e energia do universo estavam concentradas em um ponto ínfimo, então, esse ponto explodiu, disparando matéria pelo espaço, e o universo nasceu.

Muitos estudiosos espíritas se viram preocupados, pois em base, essa teoria entraria em contradição com a Doutrina Espirita. Tanto que em “O Livro dos Espíritos”, encontramos:

 Pergunta: O universo foi criado ou existe desde toda a eternidade, como Deus?

– Sem dúvida, ele não se fez a si mesmo. Se existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra de Deus. – Livro dos Espíritos- questão 37.

Pergunta: A criação dos Espíritos é permanente, ou só ocorreu no início dos tempos?

– É permanente, Deus nunca parou de criar. – Livro dos Espíritos – questão 80

Assim, se considerarmos Deus eterno, e que Ele nunca parou de criar, entramos em uma contradição com a teoria do Big Bang, pela qual o universo teria iniciado nessa explosão,  ou seja,  não haveria nada antes.

Com fatos observáveis e cientistas de renome apoiando essa ideia, muitos de nós, espíritas, ficamos preocupados diante dessa incoerência entre a doutrina e essa teoria. Mas como já observamos muitas vezes, que na ciência o que vale como verdade absoluta hoje, muitas vezes é desprezado amanhã, aguardamos confiantes a mudança desse paradigma.

O tempo passou e agora com novas observações e pesquisas alguns cientistas identificaram a existência de algo antes da explosão do Big Bang. Foram identificados sinais, pela radiação de fundo, do universo, da colisão de buracos negros, antes da condensação e explosão que criou nosso universo.

Físicos veem novos indícios de que o Universo pode ser cíclico

“Dizem que o Big Bang foi o princípio do Universo. Mas, segundo Roger Penrose, prestigiado físico da Universidade de Oxford, ele também foi o fim de um outro universo que existia antes deste. E, melhor, o britânico diz ter agora evidências concretas sobre esse ciclo cosmológico.

Trabalhando em parceria com o armênio Vahe Gurzadyan, da Universidade Estadual de Yerevan, ele há três anos analisa a série de dados do satélite WMAP.

A sonda americana foi projetada para fazer um mapeamento universal da radiação cósmica de fundo –um, “eco” do Big Bang gerado quando o Universo tinha menos de 400 mil anos de existência, detectado pelo satélite na forma de micro-ondas. Hoje, o cosmo tem 13,8 bilhões de anos.

Penrose e Gurzadyan vêm dizendo, desde 2010, que conseguiram detectar pequenas flutuações na radiação cósmica de fundo, na forma de círculos concêntricos.

Isso, segundo eles, seria resultado da colisão de buracos negros gigantes numa época que precedeu o Big Bang. Ou seja, seria implicação de que o Universo já existia, em outra forma, antes do período de expansão que conhecemos e observamos hoje.” Folha De S.Paulo – 19/09/2013

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Para ficar mais simples recorreremos mais uma vez a uma das mais antigas tradições sobre a criação do mundo.

“Na cosmologia hindu, o universo está continuamente em evolução através de ciclos periódicos de criação e dissolução. Criação é dito que ocorre durante a expiração de Deus da Criação, Brahma; dissolução ocorre durante a sua inspiração.

Durante o dia de Brahma que o mundo manifesto evolui. Cada dia é seguido pela noite de Brahma durante o qual toda a matéria do universo é absorvida pelo espírito universal. Este período de destruição, ou involução, é chamado de Pralaya. A matéria é novamente formada após este ciclo, continuando a evoluir durante cada dia de Brahma e dissolver durante a noite dele

Ao final da vida de Brahma, há a “Grande Dissolução”, ou Mahâpralaya, o período da destruição de todo o universo. Continuando no padrão dos ciclos, depois de um período de descanso Brahma renasce e os ciclos de criação começam novamente.” DICIONÁRIO ESOTÉRICO –

Deus cria incessantemente, afirma a Doutrina Espírita, um universo após o outro, como supõem  a “ciência”, e como já imaginavam os antigos Indus.

Vemos que muitas vezes a verdade já é conhecida ou “inspirada” a tempos cabendo ao homem através de sua ciência perceber os fatos que confirmem os ensinamentos recebidos.

Embora a teoria de Penrose precise de confirmações, para ser aceita como a melhor das hipóteses atuais, pensar que o universo seria criado em ciclos,  parece mais lógico. Inclusive, se considerarmos os humanos, os animais e as plantas como micro-universos, essa lógica aumenta.  Nascemos, crescemos, enfraquecemo, morremos e renascemos, semelhante a teoria do cientista Penrose.

Se durante muito tempo o ciclo da vida começava no nascimento e terminava na morte o mesmo ocorreu com a teoria da criação do universo.

O Big Bang resolvia a questão da origem do Universo, mas agora é possível dizer que essa era uma visão parcial  dos cientistas assim como a percepção apenas do mundo físico limita o ciclo de vida do nascimento à morte.

Percebemos que estamos dentro de um ciclo, em que depois da morte há uma sequência que leva a um novo recomeço, assim como os cientistas de hoje  começam a perceber que antes desse renascimento universal havia algo, possivelmente um outro universo.

Agora resta a pergunta: “Se em cada nova encarnação trazemos algo das  vidas passadas, o que será que um universo inteiro traz de suas existências anteriores”…

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– Um último caráter da revelação espírita, a ressaltar das condições mesmas em que ela se produz, é que, apoiando-se em fatos, tem que ser, e não pode deixar de ser, essencialmente progressiva, como todas as ciências de observação. Pela sua substância, alia-se à Ciência que, sendo a exposição das leis da Natureza, com relação a certa ordem de fatos, não pode ser contrária às leis de Deus, autor daquelas leis. As descobertas que a Ciência realiza, longe de o rebaixarem, glorificam a Deus; unicamente destroem o que os homens edificaram sobre as falsas ideias que formaram de Deus.- Cap. I de A Gênese.55.

 

Médico Veterinário: Ricardo Luiz Capuano                  

E-mail: r.l.c@ig.com.br

Apresentador do programa: “Nossos Irmãos Animais” 

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