Por Amarilis de Oliveira
Temos visto o absurdo ainda presente no século 21 de manifestações de racismo e, muitas vezes nos perguntamos estupefatos, sem querer acreditar que seja possível: como pode? Em que século estão vivendo essas pessoas?
Lastimavelmente, nem todo mundo está evolutivamente no século 21 ainda. Não que isto seja motivo para deixar agirem da forma que quiserem. Temos que coibir de todo modo possível, desde a repreenda até a punição mais severa em casos mais graves.
Fiquei estes dias em um estado assim, incrédula, quando soube da notícia do grupo armado Boko Haram na Nigeria, usando a desculpa da religião para motivos políticos, sequestrando mulheres, mais precisamente garotas, por estarem estudando. Aí está o preconceito contra mulheres, e este preconceito sendo usado por tiranos, que pretendem impor sua vontade, como se pudessem parar a evolução individual e por consequência a social.
O frequente é o preconceito dia- a dia, com piadinhas desagradáveis, e ainda um outro, o do recalcado, que para se sentir superior, agride, desde com olhares até palavras de ofensas, detalhe: a qualquer um.
Em todas as formas de racismo, e inclua também, toda forma de violência, há um pano de fundo: A IGNORÂNCIA.
Ignorância do porque está aqui e até mesmo de quem é, embora esse conhecimento já tenha sido dado há séculos. Resumindo: essas pessoas estão perdidas do bonde da história.
Vou copiar um trecho do Evangelho para que possamos pensar a respeito:
Gênesis, versículo 26 –“E Deus prosseguiu, dizendo: “Façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança, e tenham eles em sujeição os peixes do mar, e as criaturas voadoras do céu, e os animais domésticos, e toda a terra e todo o animal movente que se move sobre a terra. 27 – E Deus passou a criar o homem à sua imagem, a imagem de Deus, e criou, macho e fêmea. 28 – Ademais, Deus os abençoou e Deus lhes disse: Sede fecundos e tornai-vos muitos e enchei a terra e sujeitai-a, e tende em sujeição os peixes do mar e as criaturas voadoras do céu e toda criatura vivente que se move na terra”.
…à sua imagem…, que imagem? Homem, mulher, preto, branco, pálido, magro, gordo, etc.?
A sua imagem espiritual, que não tem nada a ver com a aparência exterior, material, momentânea, passageira, fugaz, que se perde com o que denominamos: morte.
Amarilis de Oliveira é autora da Mundo Maior Editora e Distribuidora. Títulos publicados: Cela para Muitos Liberdade para Todos; Inimigo de Família; Folhas Miúdas, Vozes que Alertam