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Educação no Brasil

Enviado em 26 de abril de 2013 | Publicado por feditora

Por Amarilis de Oliveira

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Mas o que é mesmo educação? Ela anda tão rara que preferi procurar no dicionário e encontrei lá, resumindo: Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando a sua melhor integração individual e social. Aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, civilidade, delicadeza, polidez e cortesia.

Mas olho pelas ruas e não a vejo em lugar nenhum, lendo os jornais, parece que  foi brutalmente assassinada e sangra em frente a olhares indiferentes.

Não é ensinado nos lares, os pais trabalham o dia todo, chegam cansados e só querem que os filhos fiquem quietos. Não perguntam como foi na escola, o que aprenderam, não sabem o que os filhos pensam, não os veem crescerem moral e intelectualmente. E para isso o vídeo game e a internet são ótimos, pois as crianças ficam quietinhas em seus quartos, mas muitos pais não sabem  e não procuram saber com quem eles se relacionam, e que influência isso faz em seu caráter.

Alguns, por puro comodismo, empurram essa responsabilidade para a escola, mas escola passa informação e um certo nível de educação, pois tem poder limitado.

Educação se ensina no dia-a-dia, a cada momento, a cada exemplo que a vida faz desfilar na nossa frente, no convívio diário,  no amor expresso, no abraço, no sorriso, na orientação ética, no carinho que o presente caro para compensar essa falta não substitui.

Educação é raiz que para desenvolver-se precisa ser resgada todo dia, precisa ser abastecida a todo momento, para se transformar em árvore e dar bons frutos.

Ter filhos é isso, é necessário abrir espaço na nossa vida para eles, pois a cada dia eles mudam, e pouco a pouco se tornam adultos.

Muitas vezes um adulto que os pais não sabem quem é, a ponto  de ouvirmos absurdos  como esses: Meu filho me ameaçou. Ou, meu filho era viciado há seis meses e eu não sabia. Ou, como ele fazia parte de uma quadrilha de ladrões? Ou, não posso acreditar que minha filha era garota de programa, eu sempre dei tudo a ela. Tudo, menos o mais barato, carinho, amor e orientação ética.

E, abrindo mais uma vez o jornal, me deparo com outra tragédia por pura falta de educação e ética. Um fulano, irado com um motorista de ônibus, o agrediu, chutou e o ônibus desgovernado feriu muitos e matou sete passageiros. Que diferença faria na vida dele, descer no próximo ponto e voltar alguns metros? Na semana seguinte nem se lembraria do fato. E, agora, que diferença esse ato faz na vida dele, na dos que morreram e em suas famílias? Sete mortos e muitos feridos…

Realmente, a educação e a ética sangram e com elas sangram também nós, algozes e vítimas, mas teimamos na indiferença  e em fingir que não é conosco até morrermos por hemorragia.

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